O acervo pessoal de José Mário Branco é constituído por cerca de 400 pastas de documentação em papel, actualmente em processo de digitalização em formatos não comprimidos e de alta resolução.
Este processo tem sido complementado com a edição digital de cada ficheiro, a partir de perfis de cor específicos a cada digitalizador, visando uma maior correspondência entre as características físicas do documento e as imagens digitais. Na sequência desta edição, são criadas versões em formato comprimido e em PDF de cada documento para disponibilização e inventariação na plataforma AtoM, na qual se pretende espelhar a organização física do acervo documental. Foram ainda salvaguardados os conteúdos de cerca de 200 suportes digitais (discos rígidos, CD-Rs, entre outros) provindos do acervo de José Mário Branco, criando-se backups de cada um, dada a sua progressiva degradação. Os conteúdos digitais do acervo foram duplicados em drives com redundância (RAID) para melhor preservação.
Paralelamente, foram identificados e digitalizados cerca de 200 suportes fonográficos em formatos obsoletos (bobines de fita magnética, cassetes áudio, cassetes DTRS, cassetes DAT, e.o.) com maquetes, gravações de concertos, gravações de ensaios, peças teatrais, multi-pistas de estúdio, fitas de sonoplastia para teatro, música para filmes, e.o., relacionados com os percursos artístico e cívico de José Mário Branco. A maioria destes suportes provêm do acervo de José Mário Branco; outros foram localizados pelos curadores em diversos arquivos públicos e pessoais. Este trabalho, iniciado em colaboração com o próprio José Mário Branco, resultou na edição do seu disco Inéditos 1967-1999, publicado em 2018, prevendo-se novas edições resultantes destes materiais.
O CEDJMB arquiva ainda grande parte da sua colecção bibliográfica e discográfica, assim como outros objectos ligados ao seu percurso (instrumentos musicais, prémios, e.o.).